terça-feira, 7 de agosto de 2012

De clímax em clímax

A palavra «clímax» aplicada ao orgasmo.
E isto é um problema porque...?

Porque me estraga todo e qualquer estudo que possa querer conduzir acerca da tragédia.
Porque um orgasmo é um orgasmo e o Édipo a aperceber-se de que, vistas bem as coisas, matou o pai e conheceu, biblicamente, a própria mãe - e, subsequentemente, a cegar-se - é, isso sim, um clímax.
Diria que ninguém, no seu perfeito juízo, gosta de ver aproximadas estas duas situações.


Bem sei que um clímax é o momento mais intenso de algo, mas caramba!, que me estraga o Agamémnon sem necessidade nenhuma, com risinhos interiores muito adolescentes. Já para não falar dos Harlequins...

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